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sábado, 28 de abril de 2012

Pedido


 Não é em todos os momentos que estaremos bem, há aquelas horas em que o mundo não parece tão agradável assim, pois lapsos de tristeza vêm conforme vamos passando por momentos carregados de fatos negativos. É desesperador esses momentos em que as coisas negativas parecem se sobressaírem às boas; um sensação de vazio e falta de esperança. São essas fases difíceis da vida em que o homem mergulha em suas próprias trevas em uma busca desesperada por serenidade; e esperar que tudo se acalme lá fora ( no mundo a sua volta). É quase um instinto animal; o coelho não sai da toca enquanto o predador não vai embora.
Sei que não estou sozinho nesse barco dos lamentos, acredito que há muitos que, as vezes, veem a vida com sendo sem sentido. E quantos que são aqueles que se desesperam por não ter algo para o qual possam se agarrar? E aqueles que querem repelir todos ao seu redor? E quantos que devem se prender ao princípio da dor e da tragédia?
Nem sei mais o porque estou escrevendo isso. Só que não dá para suportar sozinho. Faço um pedido desesperado às pessoas de boa índole: VAMOS NOS UNIR CONTRA TODOS ESSES CRÁPULAS QUE ANDAM POR AÍ NO MUNDO.

domingo, 22 de abril de 2012

Crime


 Ao ler o livro Crime e Castigo do inigualável escritor russo, Dostoiévski, cheguei a uma conclusão: “cometer um crime em prol de um bem maior para a sociedade não a torna melhor, muito pelo contrário, só a faz mais violenta.”

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Fernando Pessoa

Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
                                          Fernado Pessoa


Tudo passa! Realmente, tudo passa; todos as dores e todas as alegrias se vão, ficam para traz perdidas em lembranças e devaneios vagos que parecem irreais. Quando tudo passa é que nos perguntamos: “realmente senti toda aquela dor?” “Como pude suportar?” É quanto tudo passa que fazemos exclamações, tais como: “estava tão feliz!” Viver é tão dinâmico que me assusto com as constantes mudanças. É fantástico pensar que nada é eterno por faculdade do “tempo”, pois assim sei que não viverei na eternidade de uma tristeza, nem na eternidade de uma alegria; sei que muitos momentos ruins vão vir, mas os momentos bons também virão. O tempo não para, por isso que amo tudo o que foi e espero, com expectativa e paciência, tudo que tem de ser.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Violência



Em todos os lugares e em todas as épocas há traços de violência declarado. Todos buscam defender suas razões; estou me conformando, sei que não há maneira de fugir dessa guerra de interesses, mas tento fugir de tudo isso o máximo que posso. Há tempo que venho pensando e observando que em todas as pessoas há instintos violentos. Temos desejos de retribuir com mais força ainda aquele que nos ofende. O mesmo medo que nos atormenta é, ao mesmo tempo, nossa arma. Voltamos a seguir a lei dos tempos bíblicos, aquela que dizia tão rigidamente que parar os homens é “olho por olho e dente por dente”.
Nos estamos ainda muito longe de compreendermos o sentido desta existência conjunta. Será que nascemos para nos ajudar? Já diziam, desde os tempos antigos, que o homem não é uma ilha. Qual é o significado em nascermos em família (na maioria dos casos)? Qual a razão de crescermos e adquirirmos amigos, companhias; e vivermos mutuamente ajudando e sendo ajudado a traspassar todos as barreiras que vem pelo caminho? Por que nos agarramos tão fortemente a determinadas pessoas e com elas trançamos as linhas da vida? São perguntas como estas que me faz pensar que deveria não fazer ao próximo o que não gostaria que fizessem a mim mesmo, sinto que assim poderei dar um pequenino passo rumo a harmonia entre os homens.
Contudo, esse raciocínio faz-me pensar em outras questões: as pessoas são capazes de fazer qualquer coisas para defender os seus interesses pessoais. Por que temos uma tendencia a sermos tão individualista e resistir tanto a convivência social? Será que ficamos com medo de sofrer outras decepções decorrentes das relações com as pessoas? 
Nascemos puros e em vida somos corrompidos; enquanto crianças acreditamos nos outros, mas a medida que envelhecemos a tendencia é o isolamento. Será que essa tendencia acontece com todos, até mesmo com aqueles que encontram na vida companhias realmente verdadeiras e sinceras?
São perguntas que me abre a mente, porém não tenho respostas definidas. De todo o modo estou contente com o jeito que escolhi para viver; claro, sei que correrei muitos ricos, mas colherei bons frutos.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pós-mortun em vida



Pós-mortun em vida

Caem as gotas d'água
Cai o tempo que me resta;
Chove vida nos campos
__ Nossa morte nossa meta.

Dos meus males e lamentos
Vagarosamente escrevo histórias,
E de meus sonhos e encantos
Escrevo, triunfante, minhas glórias.

De palavra em palavra,
escrevo meu livro.
De minuto a minuto
É assim que eu vivo.

Escrevi muito da vida
Agora estou ansioso
Para escrever da morte.

Morte! A espero tanto
Sem querer que venha.
Embora não tema o além
Temo o pranto de quem me ama.

O além! O encaro de frete
Sem ter o que me contém.
Morto, nu e descarnado
O mordo e rasgo sem dente.

Sou uma alma revoltada
Com a morte aparente
Que ainda de matéria é dotada.

Sou homem da terra...
Sou uma eterna criança
Dando birra por não ter o que quer.
Sou um preso de lembranças.

Oque faria eu se morrer,
E lá não tiver o que espero?
Fiz minha morte e a quero;
Mas não a conheço e não a desejo.

De morrer tenho medo
Por mais preparado que esteja,
Não posso livrar-me do apego
Deste mundo lindo que me deseja.
Não vou partir sem sentir
Mais uma vez!
Tudo que o mundo tem a me dar.
Não posso!
Sem olhar para a vida e ver
Tudo que me faz sorrir...
Simplesmente eu não vou
Sem ser o que tenho de viver;
Não vou sem ser feliz...

terça-feira, 3 de abril de 2012

Amy Hildebrand


Amy Hildebrand
       Amy Hildebrand é fotógrafa e bloguista americana. Nasceu cega em decorrência do albinismo. Apesar das limitações ela optou em graduar-se em fotografia. Em 2009, Amy, iniciou um projeto de publicar mil fotos em mil dias no blog With Little Sound.

       “Eu quero me refletir como uma só pessoa; alguém que vai crescer, ter filhos, envelhecer e morrer. Nem todos os meus dias serão bons, nem todas as minhas fotos serão boas, mas elas irão me refletir”

       A arte fotográfica não tem limitações. Mesmo sem a visão as imagens se formam em nos e reflete quem somos no momento em que as tiramos. Beethovem, mesmo completamente surdo ainda compunha mentalmente reproduzindo os sons em sua cabeça. Não há limites para a arte e para a criação. A grande limitação dos homens é a falta de disposição em tentar.

Amy Hildebrand

Amy Hildebrand

Amy Hildebrand


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nervos


 Nervos

Há aqueles dias em que a mente
Recusa-se terminantemente a trabalhar.
Insisto e persisto, mas nada adianta.
Só me resta a esperança
De que um dia tudo volte como estava.

Que terrível doença
É essa de não pensar em nada!
De por a pena no papel e ali ela ficar
                                  sem mover-se,
                                      sem dançar,
                                        sem vida...

E em um repelão
Abro mão de tudo,
Esmurro a parede
E minha cabeça.
Rasgo o papel e atiro-o ao chão.
Ora! Mas quem é que nunca sentiu-se sem inspiração.