Estou cansado de ser punido
Por tudo que faço
Por tudo que sinto.
Como se não tivesse espaço
Ou vivesse em labirinto.
Meu intuito para com esta página é transcrever minhas inspirações e lampejos cotidianos. Para que não fique monologando apenas; um hábito e cacoete que me persegue sempre. Por louco sou taxado, mas não me condenem, afinal, quem não tem suas manias. Não tenho ambição por grandes feitos ou por grandes causas, eu desejo apenas um cantinho especial em que me sinta a vontade (mesmo que seja entre o WWW e o .com)...
quinta-feira, 17 de maio de 2012
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Aceitação
O filme “Face a Face” é uma das principais obras de Ingmar
Berdman. Um sueco magricela dramaturgo e cineastra, um grande nome do
cinema mundial; em outras poucas palavras, um ponto genial de
destaque na humanidade. Abordando temas inseparáveis à existência
humana, o cineastra revela-se numa visão universal do homem com uma
natural profundidade psicológica.
No filme (Face a Face) a Dra. Jenny Isaksson é uma psiquiatra de
renome que, mesmo passando por uma fase de grande sucesso, começa a
apresentar quadros de uma fortíssima depressão, perturbada pelos
fantasmas de seu passado ela está à beira de uma crise de nervos.
O ponto o qual quero tocar vai a problemática problemática do
filme, quero dizer, pretendo tocar nos fantasmas que atormentam o meu
futuro e não o meu passado. O passado tem todo o direito de me
atormentar porque ele existiu no momento de transição da vida, ou
seja, no presente. O momento presente é o único real. O passado não
existe mas de vez em quando ousa me visitar, e então lembro-me dele
com um certo alívio, pois assim sei que tudo passa. O futuro não
existe porque ainda não aconteceu, lógico; mas poderá vir a
existir?
O futuro entendido como expectativas das coisas não existe e sequer
pode vir a existir, pois tudo que espero que aconteça não acontece
como eu imaginei. Posso jogar uma moeda do alto de um prédio e
imaginar que ela caia com a coroa voltada para cima, isso eu posso
até acertar, mas ela nunca cai exatamente no lugar que imaginei que
cairia. Quando penso no futuro sou assombrado pelos seus fantasmas;
as expectativas que tenho se mostram assustadoramente improváveis.
Pensar no futuro é pensar em nada, pois ele não existe, é o mesmo
que pesar que não haverá amanhã e que tudo que me espera é um
vazio existencial; esses é o pior de meus fantasmas.
Pensando nisso lembrei-me de Nietzsche e a sua teoria do “eterno
retorno”, onde tudo vai se repetir exatamente igual em um ciclo
eterno. Como é pensar que minha vida vai se repetir inúmeras e
inúmeras vezes? Não é qualquer um que pode pensar no eterno
retorno, pois são poucos os que aceitam a vida tal como ela é a
ponto de não se importar em vivê-la em um ciclo eterno. Mesmo que
eu “acredito” em tal teoria, ou em uma vida além da morte ou até
mesmo em reencarnação, gosto de pensar que noutra existência
poderei ser algo melhor. Mesmo em vida gosto de pensar assim, sou tão
fechado a ela que dela tiro pouco proveito pensando em uma vida
melhor no futuro.
Penso também no amor fati que consiste em não evitar nem se
conformar e muito menos dissimular, mas afirmar o amor ao que não
pode ser mudado. Amar a vida tal como ela é, e não fantasiar uma
outra “melhor”, pois apenas uma se pode viver em um eterno
retorno; eis o que é a felicidade alcançada pela aceitação plena
da vida.
sábado, 5 de maio de 2012
Ser Ético
Ser ético é cuidar de si mesmo; e o outro é o si mesmo.
O que é ser ético? Como fazer uma pessoa compreender que agredir
alguém é, sobretudo, uma agressão a ela mesma, sendo que só esta
contribuindo para uma vida mais violenta, e que no final essa
violência volta para si mesma. Ser ético é confundido com ser bom
e justo para a sociedade ou cuidar do outro, mas ser ético é o agir
cuidando de si mesmo.
Assinar:
Postagens (Atom)