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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nervos


 Nervos

Há aqueles dias em que a mente
Recusa-se terminantemente a trabalhar.
Insisto e persisto, mas nada adianta.
Só me resta a esperança
De que um dia tudo volte como estava.

Que terrível doença
É essa de não pensar em nada!
De por a pena no papel e ali ela ficar
                                  sem mover-se,
                                      sem dançar,
                                        sem vida...

E em um repelão
Abro mão de tudo,
Esmurro a parede
E minha cabeça.
Rasgo o papel e atiro-o ao chão.
Ora! Mas quem é que nunca sentiu-se sem inspiração.

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