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sábado, 24 de março de 2012

Caminho


Caminho

Ponhamos nossos corpos
Na vida que é um retorno
Eterno de voltas e sopros
Fatigantes; sutis encantos.

Eis que a alma revela-se
Com sede de movimento.
Com música em transe
Do vil mundo me liberto.

Sinto-me livre, encorajado
Perante os cruzamentos
Com os pés desprendidos.

Um caminho ou outro...
Eu, eu não o escolho.
Sei que é por ali que vou.

Ler e reler



Eu nunca me lembro dos versos lidos, assim, quando os leio novamente é como se fosse à primeira vez. Foi uma maneira que minha mente encontrou pra viver uma mesma coisa mais vezes. Se eu, por ventura, não me lembrar do que você disse, é porque quero ouvir novamente suas palavras “doces”.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Desça

Michel Parkes

 Desça


Um olhar vago, triste;
Disperso na penumbra
Dos pensamentos, fugiste.
Foi-se sem sembra.

Livre e desmaterializada
Pensa solta e nua, sem nada.
Um canto chama sua atenção,
Uma voz toca-lhe o coração.

E nem isso a traz de volta
Imersa em seus devaneios
Livre e fechada consigo mesma.

–Em que tanto pensa
Para tanto tempo aí ficar?
Desça e vem já logo dançar.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Nietzsche


 Doce és o gosto da ambrosia; que nos faz imortais. E com a imortalidade vem o terrível tédio da existência para todo o sempre. Ah! Será mesmo verdade que a vida tem um certo sabor amargo até mesmo para os imortais? O que eu faria com a vida eterna? Não percamos tempo nesta vida fantasiando uma existência fora dela. De fato, as melhores obras são de autores mortos...



"Ter-se vergonha da sua imoralidade: é um degrau na escada em cujo extremo se tem também vergonha da nossa moralidade."

terça-feira, 20 de março de 2012

Ler e reler nossa história


 Ler e reler nossa história

Ao parar no tempo, vidrado,
Saboreio as memórias dos tempos ido
Concluindo que muitos romances escritos
Não só de papel e tinta eles são.

Materializados em verdades na vida
Escritas e imortalizadas; lidos e relembrados,
E revividos em outros tempos.
Amo-te tanto meu anjo,
Que em livro e em prosa
Quero ler e reler nossa história,
Relembrar nossas glórias,
Reviver nossos encantos...
Há! Como gosto de poesias.

Amo-te. Tu que és a fonte de minha escrita,
Que és a inspiração de minha vida,
Que me ama acima de tudo,
Que faz-me completo no mundo,
Que faz-me poeta e artista...

Li surreal...



 "Que seja eterno nossos corpos de maria mole no liteiro do ventre da mãe e avo dos loucos santos devotados da humanidade ao iluminismo do surrealismo das imagens distorcidas, aflitas, ambíguas da salvação e a dor. Sinto o calor da flor que reflete os raios luminosos do sol puro e alto, longínquo fora do mundo compartilhado por outros."


Escrever rápido e sem preocupação em nada, eis que surge uma escrita de pensamentos livres e soltos. Sonhos transfigurados em papel por meio das palavras; também é surreal os versos livres de uma loucura despreocupada. Escrever o que vem a mente é aparentemente sem sentido algum, mas gosto muito do que resulta quando faço isso, no primeiro momento não há beleza alguma no que escrevo neste estado, mas com as releituras cria-se um sentidos a minhas palavras escritas sem raciocinar. O poema é uma alma viva de pensamentos, os versos lidos não são verdades imutáveis, os relidos já não é a mesma verdades, são inconstantes, são aflitos...

segunda-feira, 19 de março de 2012

Não posso mudar


Sou sensível as coisas que ocorrem fora de mim, que não estão sobe meu controle, mas deixo-as me atingirem. Revelo-me fraco frente aos acontecimentos corriqueiros da vida. Me irrito com o que vejo todos os dias, com o barulho, há o barulho! Como ele me faz mal. Bom é o silencio calmo e tranquilo, como o desejo. Falta-me tranquilidade para dedicar-me a quem amo. Nesses dias o que me parece ser a única coisa que me faz sentido é aceitar o que não posso mudar...

Sinto falta


Soneto: 026

Sinto falta

Pela palavra do coração
Suplico-lhe que venha ate mim,
Direto ao meu encontro
Pela realidade ou pela imaginação.

A angustia da espera terrível
Faz-me precipitar, caminho rumo
Ao “nada”, rumo a mil coisas;
Que são reais ou imaginadas.

Assuntos aéreos me fazem lembrar...
O pensamento é evocado,
O coração é convidado a palpitar.

Pensamento sendo manifestado;
Sinto sua aura: está vindo!
Abriu-se a porta: e não era ela...

Tudo passa


Tudo passa

Da janela de um ônibus
Conheci todo um caminho,
Sempre recusando a ser constante.
A cada dia via algo diferente
E revia o que via todos os dias.
Em um dia não via mais aquilo
Que gostava tanto de olhar.

Lembro quando olho e lá não está;
Pela janela lamentava
Que permanecia sempre como estava,
E o caminho fogoso por sempre mudar.

Mudou tanto— coisas iam e viam,
Até mesmo a linha fora mudada,
O ônibus agora passa por outra estrada,
Mas a janela continua sempre lá!  

Recordar-te


 Recordar-te

Ao parar para relembrar
Uma felicidade de outrora
Revivo-a como se o ontem
Fosse o agora.

Tenho os mesmos sorrisos
E o mesmo brilho no olhar
Por tamanha é a satisfação
Que é de te recordar.

Não fico triste por saber
Que são só lembranças,
Pois amanhã ei de te encontrar.

Enquanto isso, cá fico eu
Remoendo minhas memórias,
Feliz por lembrar...

Água


 Com um pouco d'água

Para que querer asas nos pés
E viver em um mundo de nuvens?
Sendo que a vida oferece
Toda a magia e encantos que precisamos,
Sejamos poetas ou não.

Um pouco d'água...
A alegria de um gesto,
A luz de um sorriso.

Não é muito nem é pouco,
É o que basta para compor
A harmonia de nossas vidas;

Que uma só, uma só vida é;
E em conjunto é uma sinfonia.

sábado, 3 de março de 2012

À vida

"A vida é tão cheia de detalhes 
que passamos por ela sem notar
nem ao menos 1% tudo o que acontece..."