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terça-feira, 3 de abril de 2018

Sonho


             Sonhei que estávamos, eu e minha família, apartando animais brancos e hostis. A dificuldade era imensa. Para piorar não estávamos montados, mas sim a pé; corríamos como podíamos para acompanhar os animais velozes.

              No início, o que fazíamos era correr pra lá e para cá de maneira bem desorganizada. Mas logo começamos a pegar o jeito da coisa. Distribuímos-nos melhor no pasto de modo que não precisássemos nos esforçar muito para conter os animais e direcioná-los para o curral.
Não me lembro se havíamos conseguido cumprir a tarefa de prender os animais no curral, mas me lembro de perguntar a um homem se não tínhamos cavalos. Ele respondeu na maior serenidade que sim.
            Eu retruquei truculento: “então, porque não usamos eles?”
            O homem responde ainda com mais calma: “Porque com o maior esforço pessoal pudemos aprender melhor a reconhecer o valor do outro; por mais lento, pequeno ou fraco que um fosse, precisamos dele para cumprir nossa missão; cada um na máxima força de suas capacidades. Aprendemos que a unidade funciona melhor que a parte e que a união é um resultado natural do trabalho e do movimento. Não observou isso, garoto?”
            Respondi: “não, ora!
            Ele respondeu: “então você estava só apartando animais”. Virou-se olhou para o céu e finalizou: “Eu estava pensando na Unidade e unindo meus familiares”.

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