Narciso é fruto do
deus do rio, Céfiso, com uma ninfa, Liríope. Ao seu nascimento seus
pais consultaram o profeta Tirésias, onde tiveram a revelação que
Narciso teria vida longa caso não mirasse jamais a própria face.
Quando adulto torna-se um belíssimo rapaz. Muitas ninfas se
apaixonaram por ele, em especial a ninfa Eco que devotava grande
paixão por ele. Eco, inconformada com a indiferença dele afastou-se
com amargura para o deserto e lá definhou até restar somente seus
suspiros. Nêmesis apiedou-se de Eco e induziu Narciso a mirar-se nas
águas de um rio, debruçando-se em suas margens para beber, vê sua
face refletida na água, permanece imóvel e contempla entorpecido
suas feições até morrer.
O mito pode estar
representado a individualidade da pessoa que se conhece em seu íntimo
e toma consciência de si próprio. É o olhar voltado para dentro;
assistindo a um conflito interno e individual. É uma relação de si
para consigo mesmo; onde se enfrenta as peculiaridades dramáticas da
mente.
Me faz lembrar que:
“ não se conhece alguém sem antes, conhecer a si próprio”. Se
quero me fazer conhecido por alguém, tenho de me conhecer também.
Ora! O psicologo só pode ajudar e conhecer o paciente estimulando-o
a se autodescobrir.
Eu não me conheço
tão bem como pensei, e quero que me conheçam melhor. Por isso,
nestes tempos, vou estar recluso em mim mesmo; entorpecido e em
conflito comigo mesmo. Vou me conhecer para me fazer conhecido.
Não fiques tão recluso a ponto de se tornar
ResponderExcluirum "Narciso" da modernidade.
Temos que mergulhar em nossas próprias "águas",
mas temos que tomar folego para não morrermos
afogados em nós mesmos.
Precisamos nos conhecer, é claro, mas não devemos
esquecer das pessoas que nos amam, pois se
tornaram como a própria "Eco" que definhou por amor não correspondido.