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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Narciso


Narciso é fruto do deus do rio, Céfiso, com uma ninfa, Liríope. Ao seu nascimento seus pais consultaram o profeta Tirésias, onde tiveram a revelação que Narciso teria vida longa caso não mirasse jamais a própria face. Quando adulto torna-se um belíssimo rapaz. Muitas ninfas se apaixonaram por ele, em especial a ninfa Eco que devotava grande paixão por ele. Eco, inconformada com a indiferença dele afastou-se com amargura para o deserto e lá definhou até restar somente seus suspiros. Nêmesis apiedou-se de Eco e induziu Narciso a mirar-se nas águas de um rio, debruçando-se em suas margens para beber, vê sua face refletida na água, permanece imóvel e contempla entorpecido suas feições até morrer.
O mito pode estar representado a individualidade da pessoa que se conhece em seu íntimo e toma consciência de si próprio. É o olhar voltado para dentro; assistindo a um conflito interno e individual. É uma relação de si para consigo mesmo; onde se enfrenta as peculiaridades dramáticas da mente.
Me faz lembrar que: “ não se conhece alguém sem antes, conhecer a si próprio”. Se quero me fazer conhecido por alguém, tenho de me conhecer também. Ora! O psicologo só pode ajudar e conhecer o paciente estimulando-o a se autodescobrir.
Eu não me conheço tão bem como pensei, e quero que me conheçam melhor. Por isso, nestes tempos, vou estar recluso em mim mesmo; entorpecido e em conflito comigo mesmo. Vou me conhecer para me fazer conhecido.

Um comentário:

  1. Não fiques tão recluso a ponto de se tornar
    um "Narciso" da modernidade.
    Temos que mergulhar em nossas próprias "águas",
    mas temos que tomar folego para não morrermos
    afogados em nós mesmos.
    Precisamos nos conhecer, é claro, mas não devemos
    esquecer das pessoas que nos amam, pois se
    tornaram como a própria "Eco" que definhou por amor não correspondido.

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