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sábado, 11 de agosto de 2012

Vento




 Vento

Vento é um sopro frio e quente;
É uma voz calada que grita,
Que suspira, que conta-nos segredos
Desta vida sofrida e aflita.

O vento é senão o nosso espelho:
Uma imagem revertida e tempestiva
Da realidade; é um conselho velho.

Tão antigo quanto o mundo,
Quiçá mais que este; quem sabe?
Há! Tantos segredos ainda ocultos
Por medo de conversarmos com o vento.

O vento assobia nos galhos secos
Empolgado com os tantos assuntos
Doido para se livrar dos ecos
Acumulados e refletidos
De nossa história antepassada.

Nele podemos confiar
De todas as guerras ali ele estava,
De todas as coquistas e batalhas
Ele sussurrava a quem o escutava:
Um som fino, agourento e persistente;
Um único som naquele mundo imenso,
O pior de todos, tão solitário: o Silêncio.

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